Muitas vezes nossas indecisões tornam-se nossas próprias prisões. Por vezes tornam-se um obstáculo na realização de nossos sonhos, desejos, ambições, aspirações, paixões… Quantas e quantas vezes deixamos de arriscar com medo de errar, falhar, sofrer, esquecendo constantemente que falhar faz parte da lei da vida, todos nós já falhamos um dia e voltaremos a faze-lo enquanto sentirmos o gosto da vida, é tão certo como a morte. Como seres imperfeitos que somos, devemos aceitar essa realidade subtilmente e essa condição que nos foi imposta ainda mesmo antes de existirmos. Eu mesma já deixei e tenho deixado de fazer coisas que segundo minha percepção, convicções, crenças estão erradas, sem contar com o facto de ter uma tendência enorme para o perfeccionismo, fazendo com que tenha um medo grande dentro de mim de falhar. Se a minha mente pudesse parar um bocado e relaxar, sem me afundar em incertezas talvez seria tudo diferente… Mas na verdade o que é certo e o que é errado? O que é justo e o que injusto? O que é bonito e o que é feio? Claro que depende de vários factores, do padrão de vida de cada um e de cada sociedade. Cada um vive do jeito que quer ou que foi condicionado, e ou somos felizes ou não. Posso dizer até que vivo numa sociedade livre, porque posso fazer as minhas escolhas, não nasci já com um marido nem com um casamento implantado mesmo antes de pensar em um homem, e sorte a minha que serei eu mesma a escolhe-lo. Não me foram impostas regras das quais me fazem infeliz, não. Posso considerar-me um ser livre de fazer minhas próprias escolhas. Posso dar-vos um exemplo prático e real da minha indecisão… A escolha do meu curso. O que é que realmente gosto? Como me vejo daqui há uns 5 anos? Que é que gostaria de fazer? A verdade é que adoro medicina e se calhar o que falta da minha parte para arriscar é mais ousadia e coragem. Gostava muito nesse momento de as ter! É bem possível que para o ano que vem faça economia, mas será que é isso que realmente quero? E se tentasse fazer medicina? Será que seria “aquela” a parte que me completaria? Será que se realizasse esse meu sonho me sentiria uma mulher plenamente realizada? É o que me faria realmente feliz? Apesar de concordar com o ditado que diz que a felicidade não é um destino mas sim um trajecto, pensar no nosso futuro é algo inevitável, não temos certeza que ele chegará porque por ironia do destino muitos terminam o seu trajecto na terra mais cedo do que deviam… Ainda assim, mesmo nessa certeza de um futuro incerto o ser humano nunca deixa de pensar nele; o que vou descobrindo que só nos faz sofrer, porque fantasiamos muitas vezes coisas de certa forma difíceis de acontecer, não digo impossível porque nesse mundo totalmente desconhecido não sei que é possível e o que é impossível. Quando estas fantasias nos invadem inquietamente e não se realizam sentimo-nos cansados, amargurados, tristes… Parar de pensar no futuro e viver o presente ao máximo é muito bonito e cheio de sentido teoricamente mas na prática é totalmente irrealizável. Bem, falo por mim porque acredito que existam pessoas que consigam levar a vida numa leveza que para mim é algo simplesmente impossível. Constantemente sou invadida de incertezas que me prendem no impasse de arriscar ou não. Já diz o ditado, quem não arrisca não petisca, e bem me parece que não tenho petiscado mesmo nada! O que fazer? Permanecer estática? Deixar que a vida aconteça sem saboreá-la? Posso estar a correr o risco de perder o que me faria realmente feliz só pelo medo de arriscar. Preciso encontrar a chave para a minha libertação, para a minha auto-realização… Assim, afirmo…
Arriscarei!
depois de ler e e reler ''arriscarei'' mais uma vez lembrei-me que arriscar é algo necessario..
ResponderEliminarsinceramente acho que deves arriscar nao so na escolha do teu curos...
quanto às incertezas... nao sei ao certo oq dizer... incertezas todos temos... e muitas vezes em coisas banais... como oq vestir... concordo que a felicidade seja um trajecto e pelo que vejo tens que mudar o teu destino pois parece-em que nao estas a dar-te muito bem com a rota traçada ou nao traçada...
* eu estou muito mais perto do que possas imaginar... e se arriscares sei que conseguiras fazer e chegar aonde queres....
Paz, amor e Muita Sorte!!!
Beijos
Ola "charmosa"...Obrigada pelo comentário:)
ResponderEliminarComo se diz, não existe "tentar", há o fazer ou não fazer... Não vou tentar, vou mesmo fazer! O medo é terrível, principalmente o medo de falhar..."If u never failed u never lived"...A verdade é que quando falhamos temos a oportunidade de fazer uma segunda vez mas melhor...Arriscarei sim, pois o que mais quero é ser feliz:) Deixar de ter medo? Bem, isso acho impossível, o medo é importante, como eu digo: o medo só reforça a certeza que lutamos por algo que temos receio de perder...Não pudemos é nos afundar nele, nem deixar que ele tome conta de nós mas é bom que ele exista pq é com ele que se dá importância às coisas que amamos e possuimos. Um beijoo