Eis onde nos encontramos hoje. E também no que diz respeito à revolução dos direitos humanos, se algo não for feito, e com urgência, para tirar os povos de cor de todo mundo de seus anos de pobreza, seus longos anos de dor e abandono, o mundo inteiro estará condenado.
… se eu tivesse na China ou mesmo na Rússia ou em qualquer país totalitário, talvez pudesse entender algumas dessas imposições ilegais. Talvez pudesse entender a negação de certos privilégios básicos de Primeira Emenda, uma vez que lá eles não se comprometeram com isso. Mas li em algum lugar sobre a liberdade de reunião e associação. Li em algum lugar sobre a liberdade de expressão. Li em algum lugar sobre liberdade de imprensa. Li em algum lugar que a grandeza da América é o direito de protestar por direitos. E, como disse há pouco, não deixaremos que nenhum cão ou jacto d’agua nos faça recuar. Não deixaremos que nenhuma ordem judicial nos faça recuar. Estamos avançando.
… Levantemo-nos nesta noite com presteza. Fiquemos de pé com determinação. E sigamos nestes dias poderosos, nestes dias desafiadores, para transformar a América no que ela deve ser. Temos a oportunidade de construir uma nação melhor. E quero agradecer a Deus, mais uma vez, por me permitir estar aqui com vocês.
… não sei o que acontecerá agora. Temos dias difíceis pela frente. Mas isso realmente não me importa agora, porque eu estive no topo da montanha. E não me importo. Como qualquer pessoa, eu gostaria de viver uma vida longa; a longevidade tem o seu lugar. Mas não estou preocupado com isso agora. Desejo apenas fazer a vontade de Deus. E ele me permitiu subir ao topo da montanha. Olhei ao redor e contemplei a terra prometida. Posso não chegar até ela com vocês. Mas quero que saibam nós, como povo, chegaremos à terra prometida. E estou feliz esta noite, nada me preocupa. Não temo homem algum. Meus olhos viram a glória da chegada do Senhor.
Memphis, Tenesse
Trechos do último discurso de Martin Luther King,
na véspera de seu assassinato
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