Paz&Amor

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A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, e quanto isso me basta. Basta existir para se ser completo. Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinha.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

L'existencialism


"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."


Com essa afirmação vemos o peso da responsabilidade por sermos totalmente livres. E, frente a essa liberdade de eleição, o ser humano se angustia, pois a liberdade implica fazer escolhas, as quais só o próprio indivíduo pode fazer. Muitos de nós ficamos paralisados e, dessa forma, nos abstemos de fazer as escolhas necessárias. Porém, a "não ação", o "nada fazer", por si só, já é uma escolha; a escolha de não agir. A escolha de adiar a existência, evitando os riscos, a fim de não errar e gerar culpa, é uma tônica na sociedade contemporânea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo. Os existencialistas perguntaram-se se havia um Criador. Se sim, qual é a relação entre a espécie humana e esse criador? As leis da natureza já foram pré-definidas e os homens têm que se adaptar a elas? Esses homens estiveram tão dedicados aos seus estudos que tornaram-se anti-sociais, enquanto se preocupavam com a humanidade. Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger são alguns dos filósofos que mais influenciaram o existencialismo. Os dois primeiros se preocupavam com a mesma questão: o que limita a ação de um indivíduo? Kierkegaard chegou à possibilidade de que o cristianismo e a fé em geral são irracionais, argumentando que provar a existência de uma única e suprema entidade é uma atividade inútil. Nietzsche, freqüentemente caracterizado como ateu, foi sobretudo um crítico da religião organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditou que a religião organizada, especialmente a Igreja Católica, era contra qualquer poder de ganho ou autoconfiança sem consentimento. Nietzsche usou o termo rebanho para descrever a população que segue a Igreja de boa vontade. Ele argumentou que provar a existência de um criador não era possível nem importante. Nietzsche se referia à vida como única entidade que carecia de louvor. Prova disso é o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la novamente e eternamente. E quanto à Igreja, Nietzsche a condenava; para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos que só contribuíam para o afastamento da vida. Encontramos essas críticas em O Anticristo.
"O Existencialismo"
in Wikipedia

1 comentário:

  1. ja me tinha esquecido deste texto. mas hoje decidi relê-lo. Axo que irias gostar de ver o filme "Waking Life", o rapaz que o fez foi procurar a resposta as 3 perguntas mais questionadas de todos os tempos:
    - Quem sou eu?
    - O que faço aqui?
    - Qual o sentido da vida?
    E a outras questões..
    ele pesquisou a resposta de diferentes filósofos da antiguidade ate aos dias de hoje e dai elaborou uma serie de diálogos muito muito interessantes.
    O filme tem muito bons diálogos, boas imagens e uma muito boa banda sonora.
    O filme é a historia de um rapaz que não sabe se esta morto ou sonhar e vai se encontrando com diversas personagens, uma de cada vez e com cada uma delas têm um dialogo sobre algo especifico, os diálogos estão interligados e abordam muito boas questões.
    As primeiras 4 vezes que vi o filme, não consegui entender tudo, mas penso que é natural. Depois comecei a ver o filme todos os dias durante quase 1ano, Um dialogo por dia. Nessa altura trabalhava num centro social no qual todos gostávamos de filosofia então começamos a discutir +/- um dialogo por dia, havia diálogos de 5 min. que demoravam mais que um dia para serem discutidos. Axo que isso colaborou muito para o nosso crescimento.

    Como disse em outro comentário, o filme “La Belle Vert” e o livro “Ishmael – Como o Mundo Veio a Ser o Que É” de Daniel Quinn também estão ligados a este tipo de temas. Não vou aqui comentare-los porque não quero pregar secas a ninguém e porque no mundo da internet é possível encontrarmos tudo. O filme “La Belle Vert” esta no Youtube completo em Francês e em Inglês. O livro de Daniel Quinn também se encontra para compra ou download gratuito na net.. ate existe em audiobook para os mais preguiçosos.

    Se por acaso estiveres interessada em algum destes filmes ou no livro, eu tenho os na minha distribuidora á patada. Envia-me uma morada que eu terei todo o prazer em enviar-te e oferecer-tos.
    Beijokas
    Ass. Vaga

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