E por vezes ao vaguear pelo sai
lá o quê… com o olhar distante e o coração palpitante… Pergunto-me:
O que estou eu a fazer? A sério! É este o caminho?
Será que tudo foi dito e feito?
E se… não! Não! Não quero “ses”, recuso-me a viver assim!
Mil pensamentos invadem-me, torturando-me com um turbilhão de perguntas, “ses” e “porquês”…
Mas de que interessa saber agora?
Se não foi, já passou e o que virá é que importa até que se torne ignóbil também!
Para quê saber o fim se o que realmente importa é o trajeto?
Rejeito essa tendência naturalmente
absurda do ser humano de fazer planos. Não quero! Não quero mapas, nem bússolas
e muito menos relógios! Abdico sem rodeios desse viciante hábito de olhar a
cada momento para uma agulha irritantemente dançante! O tempo que passe, não
queira com isso dizer que tenha de lhe por sempre o olho em cima! Esta agora!
Já não basta o facto de saber que daqui a dois anos terei 25! Ah! Que raios!
Jaaaaa??? O.o
Corro para o espelho a procura
dos sinais fatais do tempo, e o único que encontro são as gordurinhas a mais,
que por mais que tente atrasa-las ou evita-las insistem em invadir-me o corpo
como se dele detivessem todo o poder, é… a genética é uma cena fodida!
Mas a pergunta é:
Como me sinto neste exato
momento? Hmmm…
Viva! Mais sensível talvez, mas de uma forma
diferente, de uma maneira incrivelmente interessante. Sinto cada toque, cada
palavra, olhar, murmúrio, cheiro… estou com os sentidos a flor de pele e pela
primeira vez sinto-me livre para senti-los em cada parte de mim. A tão sonhada
independência emocional! Será possível? Mas sinto… não há nada que me faça
parar agora a não ser a minha extasiante e cintilante vontade de sair pelo
mundo afora e viver mil e um sonhos, correr mil e um riscos, cantarolar por
cima de canções já feitas (soa melhor), dançar ao som da melhor música (parece
mais fácil), amar esta e aquela…
Quero sentir… entendes?
Talvez não…
Melhor assim! Acho que odiaria se
percebesses!
Yamakasi
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