Começou assim…
Estava eu em casa com a minha mãe, duas primas e um amigo. Preparava-me para o jantar de uma prima que havia feito anos naquele dia, numa linda e agitada sexta-feira. Estava no quarto a vestir-me quando começo a ouvir gritos vindo da sala de estar… Despacha-te Rafaela! Sempre a mesma! Pois é, cada um tem o que merece, não pedi para nascer numa família de impacientes, esperem aí, ou serei eu demorada demais? Bem, voltemos a “cena”…
Quando já estava pronta, fui ter com o pessoal à sala e tratamos de sair rápido e trancar as portas. Descemos as escadas, tudo se encontrava como o de costume, sem confusão, e o prédio limpinho. Que sorte a minha de viver num prédio tão organizado, visto que é raríssimo em Luanda. Finamente quando chegamos ao carro, o meu amigo põe as chaves na igniçao e logo repara que havia deixado os intermitentes ligados o que fez com que a bateria ficasse descarregada e o carro não pegasse. Esta agora! Não nos restou outra alternativa senão arranjar um pessoal para empurrar o carro, talvez resultasse se por acaso nos dessem uma mãozinha. Encontrados os rapazes, trataram eles de empurrar e para a nossa alegria o carro pegouuuu. Ufff! Rapidamente entramos para o carro e de repente os “tais” rapazes começaram a invadir-nos a pedir dinheiro. Eles eram uns 5 e exigiam que lhes déssemos dinheiro! Bem, o dinheiro foi dado. Mas pergunto-me agora, será que não se pode ajudar alguém por vontade própria e sem esperar nada em troca? Que mundo é esse?! Que mundo é esse em que a palavra “ajudar” significa “receber”? A verdade é que tem-se perdido tudo nesse mundo, o bom senso, a boa educação, carisma, solidariedade. Por favor, evidenciem o melhor em vós. Façam o bem por bem simplesmente e terão esse bem de volta!
“Não importa que uma causa seja justa e pura. É necessário que a justiça e a pureza existam dentro de nós.”
(Agostinho Neto)
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